História do nascimento do conceito de Autistão, e sua conexão com a Ilha da Paixão (Ilha Clipperton)

Avertissement : il vous faudra beaucoup de temps pour lire cet article, il est très long.

Introduction

Je rédige cet article à la demande du géographe Cristiano Jost, spécialiste de l’île de la Passion (também conhecido como. Ilha Clipperton), para o boletim informativo trimestral (primavera 2018) de l’association CPOM (Projetos internacionais de Clipperton), que ele anime.

O leitor / la lectrice ne manquera pas de se demander quel rapport il y pourrait bien y avoir entre l’autisme et cette île.
C’est pourquoi j’ai souhaité commencer cet article en résumant la découverte de mon autisme, seguido pelo de “l’Autistão“ (graças a Josef Schovanec), puis enfin ma singulière rencontre avec l’île de la Passion.

L’article en résultant – assez long – est découpé sur cette page en 3 parties, dont voici les titres et les raccourcis :

Autistan et Passion (1) : Improbabilités, intuitions et découvertes

Autistan et Passion (2) : Coïncidences naturelles et existentielles

Autistan et Passion (3) : Les possibilités d’une île

Beaucoup des explications présentes sur cette page n’auraient pas leur place dans le bulletin de CPOM, dont l’article mentionnera surtout les extraits les plus pertinents, et invitera ses lecteurs et lectrices à consulter cet article complet pour en savoir plus.

L’écriture de cet article m’a permis de confirmer avec encore plus d’acuité mon impression que cette île (vierge, fragile et “non-sociabilisée”) et l’autisme montrent finalement les limites des incohérences et des inadaptations du système social actuel (entièrement et démesurément artificiel) à la Nature.
Et posent le même genre de questions : protéger, préserver, “adapter”, oui, mais comment ?
A mon humble avis : en respectant l’essence naturelle profonde des gens et des choses, sans leur imposer des modifications artificielles presque toujours superficielles, discutables, et dis-harmonieuses.

En découvrant toute cette histoire, certainement étonnante (et peut-être presque incroyable) mais pas du tout romancée, vous effectuez également une sorte “d’excursion” dans le monde mental d’un autiste, avec sa manière “socialement différente” de voir les choses, qui ne manque pas pour autant de pertinence et de lucidité (à part les petites erreurs inévitables, puisque je n’ai jamais mis les pieds sur l’île, et que je ne suis pas un scientifique).

Em outras palavras, aqui você está saindo por um pouco “viagem ao Autistão”…

Obrigado pelo seu interesse e paciência, e boas aventuras no Autistão, em direção à imensidão e ao desconhecido “mundo original” !

Érico L.

Autistan et Passion (1) : Improbabilités, intuitions et découvertes

Em abril 2013, Eu estava em uma ilha do Caribe, e embora eu não goste muito de cinema, alguém insistiu em me fazer olhar o filme "Meu nome é Khan”, um filme muito pouco desconhecido na França.
Este filme indiano é sobre dificuldades, mas também qualidades, de um homem incompreendido e maltratado, especialmente porque é autista “Asperger” (nome que eu não sabia que existia).
Neste filme, eu vivo tanto pontos em comum com minhas particularidades e tribulações pessoal, que fiquei inevitavelmente intrigado, ENTÃO : Google “Borrifar”…
Et en quelques minutes c’est comme si quelqu’un allumait la lumière pour la première fois, ou comme si on donnait des lunettes à une personne qui ne sait même pas qu’elle a une mauvaise vue : je suis “Asperger” !
C’était la première fois que je voyais un descriptif qui me correspond !
Moi que me croyais seul au monde, un être “très spécial”, comme “un mouton à cinq pattes”…

Tout s’illumine enfin, alors que je n’attendais rien, car pour moi il était “normal” que je sois “anormal”, puisque “pour moi, ça avait toujours été comme ça” (et que, de toutes façons, ça m’est jamais venu à l’esprit de vouloir “être normal”, un peu comme un chat qui voudrait être un chien : absurde).
Il y avait toujours eu, d’un côté, “les gens”, et d’un autre côté, “moi”.
Aussi, l’idée que je puisse être plus ou moins “comme les autres” ne m’avait jamais traversé l’esprit.
D’ailleurs, “les autres” ne se privaient pas pour me rappeler sans cesse à quel point je n’étais pas “comme tout le monde”, pas comme eux, pas “normal”, pas “comme il faut”, que j’avais “un problème”, voire que j’étais un problème, etc.. Bref…

Pendant plusieurs jours, uma enxurrada de memórias de mal-entendidos e problemas (obviamente “social”) correr pela minha cabeça, todos com explicação instantânea graças à “chave de leitura” composta por uma palavra : “Asperger”.
Quando eu nem esperava, Estou começando a nascer no mundo social, Eu tenho a chave, um “rótulo” a ser fornecido para que FINALMENTE você não seja mais sempre erroneamente catalogado e rejeitado em outro lugar.
O que é importante para as pessoas, há um rótulo, mesmo que não saibam ler. Como no supermercado.
Caso contrário, refutar, rejeição, o tempo todo. Ou “mude e volte quando estiver em conformidade”.
Naturalmente, tudo isso foi confirmado oficialmente, por Doutor Bruno Gepner, um dos raros especialistas na França.

Ser, você provavelmente está dizendo para si mesmo : “É tudo muito interessante, mas o que isso tem a ver com a Ilha da Paixão? / Ilha Clipperton ?…”
Um pouco de paciência, SVP 🙂
Gostaria de resumir o contexto, para que as pessoas entendam o meu “ponto de vista” nesta ilha, tão fielmente quanto possível.

O 14 Março 2014, eu conheço Josef Schovanec (um famoso filósofo-autista-escritor-poliglo(ser)t(ro)o(R) Francês) pela primeira vez, porque eu era o motorista dele (entre outras pessoas) para uma conferência.
Durante uma refeição, eu o ouço dizer, em tom de brincadeira, a palavra “Autistão” (e também “TEDistão” (”PDD” = Transtornos Invasivos do Desenvolvimento)).

Essa ideia de uma espécie de “país do autismo”, ou autista” com um nome, estava indo para, como uma pequena semente, brota pouco a pouco em minha mente…
O que podemos fazer com isso ?
Déjà, o nome deve ser protegido. E então faça pelo menos uma página na Internet.
É melhor que nada, e é barato.

ENTÃO o 12 Abril 2014, Eu compro autistan.com e autistan.org, e a 14 Abril, autistan.fr, então outros.
Um pouco como uma espécie de “tomada de posse” de um “domínio reivindicado por ninguém” (o que exatamente é isso no mundo “Internet”), e que havia sido “sinalizado” por um precursor, José, que me confirmou que não tinha objecções ao que eu estava a tentar fazer com o conceito de Autistão, e que para ele era “apenas uma palavra inventada, como se pode fazer 50 por hora".

Nos dias seguintes, absorvido por esse tipo de “realização” de uma ideia bastante imaginária, Eu faço algumas páginas da web simples, tentando explicar o que poderia ser o Autistão.
O que não é fácil, especialmente porque ninguém é “dono” do “mundo autista” e todos são livres para vê-lo como quiserem.

E então, durante o 3 ou 4 dias que se seguiram (apenas durante a Páscoa) un phénomène plutôt étrange s’est produit…

Quand on est autiste, au moment où on est focalisé sur quelque chose, on est passionné, et on ne peut pas tellement s’intéresser à autre chose.
Cela peut durer plusieurs jours, et là, j’étais à fond “dans l’Autistan”.
Pourtant, sans raison particulière, je me suis mis à m’intéresser à un autre sujet en parallèle, qui a priori ne pouvait pas avoir de rapport, du moins de manière consciente.

Je vais essayer d’expliquer. Désolé si ça va “chercher un peu loin”. Mais justement, c’est le cas de le dire…

Autiste, Tenho dificuldade em encontrar interesse ou satisfação em coisas que não são “únicas”. Sempre, Eu sempre precisei personalizar, mexer, adaptar as coisas para se sentir bem, isto é, com coisas únicas, não cópias.
Não vou falar do meu carro aqui, porque também existe “um mundo inteiro”, muito original e único, mas simplesmente a questão de placa de carro.
(Não se preocupe, chegaremos lá em breve, para a querida ilha !).

No momento da inscrição, achando um absurdoser obrigado a indicar um número do departamento tendo a opção de escolher o que você deseja, Eu tive, em uma espécie de “rejeição autista” um tanto provocativa (e diversão), tive a ideia de escolher um departamento completamente “improvável”, o “mais impossível possível”, ENTÃO o mais extremo, o mais longe, e não achei mais “insolentemente exótico” do que o departamento 976 (Maiote), era – que eu saiba naquela época – o “último da lista”.

Ou é, em abril 2014, ainda absorvido pelo “Autistão” e sem pensar em embaixadas e menos ainda em ilhas, aqui estou, estranhamente, pensar na minha história de placa, e assim, inevitavelmente, como um bom perfeccionista autista, me perguntar se não há algo ainda mais improvável e original nos números do departamento.
(Quem conhece a ilha começa a entender…)

ENTÃO, o que eu faço ? Google, de novo, É claro.
ENTÃO, meu “todo caminho-ismo” autista não tem muita dificuldade em chegar ao final da lista de todos os códigos postais da França, de Navarra… e territórios franceses.
(Não posso falar sobre Terre-Adelie aqui, que me atrai desde muito jovem, porque ainda é uma história completa, também não é triste.)

E assim, eu descubro… sou improvável, o desconhecido, o “confete”, o pequeno atol perdido, para não dizer perdido, "no meio do nada", e que, no entanto, possui… um código postal !
Incongruência administrativa, sem dúvida, mas o que não me desagrada ! É até bastante “crocante”… (Devemos lembrar-nos de agradecer ao funcionário público ou ao carteiro jocoso que teve a ideia de propor um código postal para esta ilha.…)

Mas primeiro, o que é essa história ? Clipperton ? Ilha da Paixão ?
Nunca ouvi falar disso !
Vários territórios franceses, como Tromelin, oui… mais “Clipperton” ???
Perdido ? Desconhecido ? Sozinho ? Frágil ? Etc.…
Criança pequena, despercebido, não é notável…
Tudo isso só pode me intrigar e me interessar.
Você não precisa ser autista para isso, mas rapidamente começo a sentir muitos “pontos comuns”, com esta ilha, que quase instantaneamente criam uma espécie de “simpatia”, quase “solidariedade” (entre “perdido”, “ignorado”, “esquecido”, “quantidades insignificantes”, etc.…)
E até mesmo… Como uma espécie de sensação de “déjà vu”, e você saberá o porquê no final da segunda parte.

A ideia de procurar um “novo departamento” para o meu carro, o que, além disso, não era realmente necessário, evapora completamente (e é só escrevendo estas linhas que percebo), e estou começando a me interessar muito por esta ilha, começando a consultar um pouco tudo o que se encontra sobre ela na Internet.

E muito rapidamente, uma espécie de inspiração vem até mim.
A ideia de uma “embaixada do Autistão”. ah sim, países têm embaixadas…
Mas foi ao descobrir esta ilha que me surgiu esta ideia.
ENTÃO, uma relação entre esta ilha, e o conceito de embaixada.

Comente ? Díficil… A ilha é aparentemente inabitável, longe de tudo, e de qualquer forma você precisa de autorização, etc..
Mas finalmente, é também pela sua particularidade como ilha deserta, distante e incomum, que precisamente esta ideia de uma embaixada do Autistão nesta ilha é relevante.

eu te asseguro, Nunca tive a ideia de uma embaixada de verdade (a menos que talvez algum tipo de abrigo ou algo original, mas muito modesto – ou talvez algum tipo de coisa eletrônica conectada por ondas, etc.).

Mas comecei a ver esta ilha, ela mesma, como uma espécie de embaixada do Autistão na Terra, ou mais precisamente na França.
Ideias para embaixadas em outros países surgiram depois.
(D’ailleurs, Desde 4 Anos, o conceito avançou, et – apesar de muitas dificuldades – é na Embaixada do Autistão no Rio de Janeiro que escrevo este artigo. Como você pode ser um “sonhador”, ou “no Autistão” às vezes, ao mesmo tempo que é capaz de realismo e concretude.)

ENTÃO, Começo a escrever uma página web para explicar o que está acontecendo, e apresentar esta ideia de uma embaixada do Autistão na Ilha da Paixão, mesmo sabendo que não tenho meios nem direitos, nem mesmo qualquer esperança de nada, neste momento.
Sempre podemos sonhar. E então, quando você é autista, precisamos de pelo menos um “refúgio mental”, um ponto em que a atenção pode ser focada, e que é suficientemente sereno e “natural” para que a nossa mente se sinta à vontade ali, e pode se estabelecer e descansar lá.
Um pouco como os pássaros chamados de “malucos” característicos da ilha.
Exceto que as pessoas autistas não são mais “louco” que as aves em questão. De qualquer forma.

Usando Arquivo Web encontrar o vestígio mais antigo desta página (dos quais cópia abaixo), Percebo que o associei a Autistan.fr, e intitulado “Embaixada do Autistão na França” (de alguma forma, estar na França, mas da maneira mais inacessível possível, quase como um desafio).
Hoje, Autistan.fr corresponde à França continental, e tudo veio junto (Com mais 150 países e territórios).

Atualizar para 2023 : Hoje, Clipperton tomou o seu lugar correspondente à ideia original, desde “Autistan.fr” é o site de “l’Embaixada do Autistão para Clipperton e os Outros Territórios Franceses“.

Não estrague sua visão tentando decifrar o texto desta imagem : Todos (exceto o começo) será retomado e explicado na segunda parte deste artigo.

O “Clippertoniano(isso é)é” talvez tenha notado que naquela época eu acreditava que 98901 era o novo código postal da ilha, quando na verdade é o código Insee.
Mas acima de tudo eles / eles terão notado que eu cheguei ao ponto de criar (sem perguntar a ninguém !) e “Bandeira de Clipperton”, inspirando-se no TAAF. Por consistência, sempre, e talvez também com uma vaga esperança de que possa ser aceite no futuro, será que alguma vez sabemos…
Isso mostra a intensidade do “paixão” que eu alimentei para esta ilha, do qual eu nunca tinha ouvido falar há duas semanas !

Além disso, os raros conhecedores do Autistão podem notar o primeiro teste de bandeira (uma estrela branca sobre um fundo azul), que foi considerado muito agressivo, e que eu substituí (graça, encore, Tem “inspirações”) no verão 2016 pela bandeira atual, que agrada a quase todos entre as pessoas autistas consultadas (e para todos fora do autismo).

Abrigo, para nós (como acontece com a maioria dos animais em outros lugares), não pode ser algo “social”.
Quand on est autiste (e mesmo quando não estamos), é tão doloroso viver numa espécie de “ditadura” de “toda social” e “toda comunicação”, onde o homem deve necessariamente ser onipresente, e “virulento”…
É verdade, Francamente : por que não poderia haver uma categoria de humanos “naturais”?, resistente a aberrações ?
E por que algumas pessoas não poderiam ser mais sensíveis que outras? : é proibido, isto também ? Porque “não é normal” ?…
Além disso, quando vemos todas as perversões e excessos permitidos pelo domínio da “comunicação” e da “socialização”, sem mencionar a baixa sensibilidade “normal”, dizemos a nós mesmos que é antes “o sistema de pensamento majoritário” que deveria ser questionado (e esse é o cerne do problema, De qualquer forma.)

ENTÃO, o fato de “ficar cara a cara” assim, por acaso, em um lugar aparentemente completamente virgem, e quando entendemos que é um lugar onde nenhum humano pode entrar de surpresa (forçando-nos a ser assim e assim), que alivio !

Certamente, existem muitos outros lugares bastante imaculados no mundo (desertos, montanhas...). Mas quando você pensa sobre isso, dizemos a nós mesmos que a priori qualquer um pode ir lá.
Ou, aqui, é completamente proibido. E mais, está muito longe de tudo, e ninguém se importa (pelo menos foi o que me pareceu no momento da minha “descoberta”).
E está cheio de caranguejos, etc.. Completamente inóspito para os humanos.
Bref : paraíso, quando você quer finalmente ficar em paz, sem ter que estar sempre “adaptado” etc..
Sem este medo perpétuo de que a qualquer momento apareça alguém para criticar que o que estamos a fazer é “não é normal”…
E mesmo que não possamos ir lá fisicamente, já é reconfortante o suficiente para habitar esta ilha um pouco pensativo, e até mesmo, por que não, sonhar com projetos…

Minha vida autista é, em parte, uma espécie de busca sem fim, para se conectar com “outros”, com pessoas que entendem e aceitam, ou mesmo quem aceita sem entender.
E quase sempre é impossível, porque eles estão em suas “caixas sociais”, seus circuitos predefinidos : se não combinarmos, somos automaticamente rejeitados.

ENTÃO, cette île, mesmo que não permita uma relação humana, pelo menos ela não precisa me entender para me aceitar. Não há “cabanas sociais” aqui.
Os caranguejos da ilha, mesmo por milhões, sont moins dangereux que certains “paniers de crabes humains”.
Et les fous masqués semblent bien inoffensifs par rapport à la folie du “système humain” actuel.

Rapidement après la découverte, j’ai tout de même voulu avoir une sorte de “contact” avec cette île, qui soit un peu plus consistant que le simple fait de regarder des photos ou de me perdre dans des rêves plus ou moins chimériques.

J’ai donc contacté diverses personnes ayant participé aux expéditions, sans vraiment avoir d’idée bien précise de ce que je pourrais leur dire, et c’est ainsi que j’ai eu la chance d’entrer en contact avec par exemple Jean-Claude Bessudo, um presidente franco-colombiano de uma empresa turística, muito legal, e especialmente Christian Jost, um professor universitário geógrafo (mais, do meu ponto de vista, mais um professor parecido com “Indiana Jones” que passa muito tempo na área e que não tem medo de aventura).

Estes estão lá, outra vez, “encontros” altamente improváveis, porque eu não estou no mundo científico, e menos ainda nos negócios, ou no “mundo dos militares” (apesar de ser parente de um primo, um general aposentado na Reunião – um baita número, ele tambem… Bref.).

Outra vez, essa “cabeça de alfinete”, cristalizando tantas coisas, permitiu conexões humanas certamente impossíveis de outra forma (porque geralmente ninguém me responde, ou não entende o que estou dizendo…).
Então, obrigado à Ilha da Paixão por isso !
E então também, em relação ao código postal que permitiu a minha “descoberta” : “Obrigado La Poste” !

Com Christian Jost, nós escrevemos um para o outro de vez em quando.
É claro, ele e eu estamos sobrecarregados (quando tantas pessoas estão entediadas e “não sabem o que fazer” – Curto…).

Recentemente, ele sugeriu que eu escrevesse um artigo para apresentar o que expliquei em minha página de abril 2014, porque ele gostou muito do meu visual “diferente”, e as conexões que fiz espontaneamente entre muitas coisas, en découvrant l’île, de loin.

Comme déjà dit, cet article très long servira à faire celui de la revue CPOM, notamment à partir de la seconde partie, que voici.

Autistan et Passion (2) : Coïncidences naturelles et existentielles

Je reproduis ci-dessous, en bleu avec très peu de corrections, le texte de ma page Internet de présentation d’avril 2014 de “l’ambassade spéciale d’Autistan en France” (em outras palavras, de l’île de Clipperton / île de la Passion) selon mes pensées de l’époque, en y ajoutant des “notes de mars 2018).

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Autistão
Pays immatériel des autistes

L’Autistan peut être vu comme un “pays mental” ou une “localisation spirituelle” familière aux autistes (assez proche de ce que n’importe qui peut vivre lors d’un “songe éveillé” (en fait, hors de l’espace et du temps terrestres)).
Accessoirement, une Personne Non Autiste, au contact du discours ou des réalisations singulières et un peu déstabilisantes d’un autiste, pourra avoir eu l’illusion, en sortant de ses automatismes de pensée et de ses habitudes et certitudes, ter “fait un voyage en Autistan”.

L’Autistan se situe hors de l’espace et du temps, et se fond avec la “conscience non localisée”.
Portanto, il est difficile d’établir un lien tangible entre l’Autistan et la société humaine physique.
Difficile, mais pas impossible : en effet, si l’Autistan se trouve aux confins de la société, on peut alors effectivement chercher à se rendre “le plus loin possible de la société” et y définir une sorte de pont, de “porte”, en ce point précis.
Ce point de contact, délicat, doit respecter notre fragilité autistique et notre besoin d’éloignement maximal de cette société qui nous blesse actuellement.

NB : c’est la société humaine actuelle (incohérente, paumée, moche) qui nous pose problème, PAS “o mundo” (naturel et donc forcément cohérent, harmonieux et authentique).

Pour une “représentation” (lien avec la société), il convient donc de trouver un lieu matériel qui corresponde le plus possible à tout cela, et qui donc soit physiquement éloigné autant que possible de la société tout en restant réellement concret et sur la planète.

Pour la France, l’île de la Passion (Ilha Clipperton) semble l’endroit le plus approprié, pour de très nombreuses raisons :

1 – Aucun habitant (pour l’instant) ;

Note de mars 2018 : Escrevendo isso durante minha “descoberta”, Eu ainda não sabia sobre os projetos de assentamentos humanos, que parecem ter feito bons progressos desde.
Paradoxalmente, embora pareça claro que é necessária uma pequena população humana para proteger esta ilha, neste caso perderia o seu carácter fascinante de ilha deserta…
Por isso, não só por respeito e humildade perante a Natureza, mas também respeitar os aspectos “simbólicos e mentalmente repousantes”, na minha opinião é absolutamente necessário priorizar a ausência de sinais visíveis de presença e modificação humana.
Mesmo que fosse “habitado muito discretamente”, elle garderait au maximum son apparence et son essence d’île déserte vierge, naturelle, original.

2 – Un des points les plus éloignés de toute civilisation sur le territoire français, atoll le plus isolé au monde : c’est-à-dire “à l’abri de la société” ;

Note de mars 2018 : Ce qui est évidemment très soulageant comme idée, pour les autistes, et sans doute aussi pour toutes les personnes que cette île attire.

3 – Dernière position du code postal (98799) / code Insee (98901) ;

Note de mars 2018 : Quand on est autiste (et surtout “Asperger” (forme assez “subtile”)), soit notre cas n’apparaît nulle part, dans aucune “case”, soit, dans l’esprit d’autrui, nous correspondons à un vague concept plus ou moins “approchant” de quelque chose comme l’autisme, mais tout de même toujours à l’extrême limite des conceptions des “Personnes Non Autistes”.

4 – Statut unique, pas vraiment identifiable ni très clair, et souvent très paradoxal :

Ni DOM, ni TOM, territoire administré par la Polynésie Française mais sous la juridiction de la Préfecture de Paris ;
Domaine public mais accès soumis à autorisation ;
Possède un vrai code postal (98799) sans pouvoir être desservie par la poste ;
Plutôt française ou plutôt mexicaine selon les points de vue, etc.. etc.…
Même le nom n’est pas clair : il y en a deux (alors que la France aurait tout intérêt à opter pour “île de la Passion” au lieu de celui d’un corsaire anglais (Clipperton) : outra vez, mauvais choix…) ;

En gros, les autorités ne savent pas très bien quoi en faire, c’est une sorte de “patate chaude”, quelque chose qui les dépasse, exactement comme avec nous…

Note de mars 2018 : Même en 2018, les gens sont encore en train de se quereller pour savoir si l’autisme est une maladie, un “trouble”, un handicap, etc.. (alors que je règle cette question sur mes pages (par exemple sur Autistan.org, secção “Explicações”), mais personne ne fait attention, Curto…
En 2014, la différence entre “syndrome d’Asperger” (i.e. sans retard de langage) et “autisme à haut niveau de fonctionnement” était claire. Mais maintenant, depuis mars 2018, l’OMS a décidé de considérer que c’est “la même chose” (ce qui est erroné), ce qui montre les gens n’y comprennent pas grand chose, o que é lógico, pois eles não se dignam a ouvir as explicações dos autistas, supondo que eles sejam “doente”.
Coisas altamente naturais e autênticas, et “autoprotegido” (especialmente pelo seu isolamento), como autismo ou como Clipperton, mostrar os limites dos “sistemas humanos artificiais”, suas contradições e sua inadequação à realidade natural…
É também por isso que esta ilha pode parecer amigável para pessoas autistas., porque ela é indomável, não domesticável, desafia a autoridade social artificial e presunçosa, que está visivelmente quebrando os dentes por causa disso : outra vez, Isso muda, isso alivia.
Se um dia for implementado um projeto de desenvolvimento e/ou habitação humana, permettez-moi de supplier que cette île ne devienne pas une “île administrative”, dénaturée, contrainte à supporter des constructions dis-harmonieuses, une île soumise au “colonialisme et à l’exploitation de tout par l’homme” (de la corne de rhinocéros au plus minuscule “confete” perdu et discret, en passant par “l’autisme-maladie”), bref une île vaincue : ce serait une mise à mort de sa nature, de sa particularité, de son essence, de son “âme”.
Je crois qu’il y a déjà eu assez de mal de fait comme ça sur la planète, donc pourquoi vouloir s’en prendre même “aux dernières miettes” ?

5 – Endroit totalement naturel et (quasi) vierge, correspondant au monde “pur” (naturel) pessoas autistas ;

Note de mars 2018 : Il y a une opposition entre “le monde naturel originel”, et le “monde social artificiel”, dont les autistes sont “naturellement auto-protégés” mais qui les fait souffrir par ses incohérences, disharmonies, “impuretés” etc.
Les autistes, dont la sensibilité et le lien avec la véracité naturelle ne sont pas amoindris par les formatages et constructions sociales “dénaturantes”, sont comme des “fusibles de la société”, comme des voyants lumineux d’alerte, que la majorité “suiviste” et “copieuse”, au fonctionnement “automatique” et à la poursuite d’illusions matérialistes et “confortabilistes”, essaye “d’éteindre” car elle les trouve dérangeants et inadaptés (ce qui est vrai, mais nous sommes inadaptés à un système qui est lui-même adapté à la Nature, à la vérité, à une vie durable et sensée pour l’Humanité et les autres formes de vie sur Terre, déjà fortement détruites par un système qui se permet de nous juger).
C’est ce genre de choses que j’essaie d’expliquer dans mes présentations, réunions, etc., loin d’institutions et d’autorités françaises trop supérieures pour prendre la peine d’accorder leur attention…
L’île de la Passion, qui donne l’impression de pouvoir être submergée ou de disparaître presque à tout moment, fait penser également à cette notion de “fusible” qui peut se liquéfier, ou de témoin avertisseur, obligeant à se poser des questions “existentielles” : c’est ce qui se semble commencer à se produire un peu partout dans le monde au sujet de la protection de la Nature ; quant à la protection des autistes (qui sont parmi les plus naturels des humains, avec les trisomiques, les “indigènes”…), c’est beaucoup plus difficile car cela oblige la société à remettre en question totalement son système de pensée, ses conventions, ses croyances.
De fato, le fait de comprendre et d’accepter l’autisme comme “valide” et part de la diversité naturelle reviendrait à mettre en péril toutes sortes de choses “socialement considérables comme vraies”, Curto, un effondrement total du “château de cartes”, un “11 septembre puissance 1000” (lui-même l’arnaque du siècle (la troisième tour qui tombe “toute seule”, etc.. etc.), mais bref, encore une vérité évidente mais conventionnellement inacceptable…).

6 – La forme et l’effet de “porte”, aussi bien horizontalement que verticalement (cf.. passage entre deux mondes ou deux “dimensions”) ;

Note de mars 2018 : La forme de l’île (que je vois plus comme rectangulaire que comme ovoïde, ou alors comme un trapèze ovoïde), me fait penser à une “porte”, un peu comme dans le film “Stargate, la porte des étoiles” (mais sans aller plus loin dans la comparaison avec cette fiction, restons sur terre, ou plutôt sur mer, enfin les deux) : cette île, qui vient “rejoindre le ciel” en cet unique endroit est bien un “point de contact” entre la Terre et l’air, mais aussi entre l’eau et les terres émergées, et ceci doublement, puisque c’est le seul atoll corallien avec un lagon fermé, donc la couronne est un peu une sorte de “porte fermée” entre “la vie agitée et immense, mais dangereuse, et ”imbuvable”, de l’océan d’une part, et la vie calme et “potable” de l’eau douce du lagon, paradoxalement en état “pre-mortem”.
Ouvrir ou pas cette porte, telle est la question…
Si je continue à faire des comparaisons avec l’autisme, je dirais que si l’on juge nécessaire de l’ouvrir, alors il faut le faire très précautionneusement, juste un peu, pour faire renaître la vie à l’intérieur, mais en respectant sa nature subtile voire mystérieuses et “insondable” (cf.. “Trou sans fond”).
Em outras palavras, il faudrait le faire délicatement, et certainement pas à coups de “grands travaux” (ouverture de passes profondes) pour aller “imposer la norme majoritaire à l’intérieur” (comme quand on essaie d’imposer le “non-autisme” aux autistes), ce qui laisserait entrer des bateaux, et pourquoi pas des requins, et une eau salée “imbuvable”.
Vouloir trop profondément modifier la structure de l’île, juste pour faire entrer des bateaux pour acheminer de quoi niveler la piste d’aviation ou construire un bâtiment, cela reviendrait à faire exactement les mêmes erreurs que l’homme fait partout, en imposant sa volonté à la Nature, en pensant d’abord à ce qui l’arrange, sans réfléchir plus loin.
Vu la fragilité extrême de cet atoll, il me semble qu’il faut vraiment “marcher sur des oeufs” (ou des crabes, enfin bref…).
Il ne reste plus grand chose qui n’a pas été “bousillé” inconsidérément par les lubies humaines. Ce joyau appartient à la France.
Pour une fois, alors qu’elles ont la chance d’en avoir encore le temps, nos élites pourraient faire l’effort de réflexion particulière que mérite cette île hautement symbolique, Gostou do que (mas não só) en consultant la société civile dans son ensemble, en complément des considérations scientifiques, stratégiques et économiques, certes majeures mais peut-être pas suffisantes pour avoir la vision globale requise par cette île dont la fragilité et “l’extrêmisme” ressemblent presque à une sorte de défi insolent lancé à la société (un peu comme dans mon cas, quand je tiens tête au système, quasiment seul et sans moyens, pour surnager et défendre la cause des autistes naufragés ou exploités).
Après tout, que sont les hommes face à cette île ? Même pas des fourmis. D’ailleurs, ils n’y survivent qu’à grand peine.
Cette île connaît beaucoup de l’histoire de la planète, jusque dans ses entrailles inaccessibles, cette île connaît le volcanisme et l’océan mieux que personne…
Que sont donc les hommes pour venir décider de son sort, sous prétexte qu’elle est toute petite, et parce qu’elle “appartiendrait” à une nation, sous prétexte que quelqu’un aurait lu une déclaration de prise de possession depuis un bateau, “sans se mouiller” davantage.
Pour la que France soit digne en revendiquant cet atoll, j’aurais voulu que quelqu’un risque sa vie pour le “conquérir”. Et d’abord, ce n’est pas la Terre qui appartient à l’Homme, mais l’inverse.
Je pense vraiment qu’avec cette île, qui est presque comme une “relique sacrée” du temps où la Nature (à laquelle nous devons tout) était encore respectée, nous devrions vraiment être très très humbles…
La France ?… Mais la France n’existait même pas, il y a seulement 2000 Anos…
J’aime la France (mais pas son système administratif, très handicapé par rapport à la réalité naturelle) ; la France est un grand pays, c’est le pays des grandes idées, des grands principes, de l’élégance, et elle veut que ça se sache : eh bien qu’elle en offre la preuve au monde, com esta ilha, en innovant dans la protection respectueuse de la Nature.
Au de se contenter d’accord secrets permettant de piller à volonté des “ressources halieutiques” (i.e. tuer des millions de poissons), juste pour ne pas fâcher un autre Etat (et surtout pour ne pas trop se casser la tête avec un caillou négligeable, alors qu’il y a tant de choses plus importantes dans les salons parisiens…).

(Pardon mais parfois il faut pouvoir dire ce qu’on pense… Ma “vision” est peut-être imparfaite sur certains détails, et exposée maladroitement, mais sur l’essentiel j’espère qu’elle permet de renforcer certaines réflexions du lecteur / de la lectrice.)

7 – Cratère volcanique reliant le coeur de la “terre-mère” avec sa surface, et en même temps point de contact entre l’eau et l’air… (le physique et le spirituel),
avec en plus deux milieux naturels liquides différents, le milieu calme étant infiniment plus petit que le milieu agité et puissant,
et protégé par un infime cordon de terre, très fragile…
Explicações : Si on compare les autistes au lagon (calme, trouble et mystérieux (cf.. o “Trou sans fond” (cratère))), alors la fine bande de terre (parfois submergée par de grosses vagues) représente l’infime protection que nous avons par rapport aux flots marins environnants (a sociedade, et encore, juste ses bords lointains), dangereux et peuplés de requins ; il existe un passage (une “passe”), plus ou moins bouchée, au pied du rocher, lequel -d’une certaine manière- veille sur l’île et sur ce “passage entre les deux mondes” (ce qui renforce encore l’idée que si une “représentation” de l’Autistan pouvait exister jour sur l’île, le plus cohérent, symboliquement, serait qu’elle soit située à cet endroit (le minimum étant un simple drapeau au sommet du rocher – ne représentant pas une domination ou une conquête, mais plutôt un espoir et même un appel : je veux parler bien sûr du drapeau de l’Autistan).
En outre l’éloignement de l’atoll, sa méconnaissance, et l’incommensurabilité entre l’océan et celui-ci, représentent tout à fait à notre situation.
On peut encore aller plus loin, en remarquant que le lagon se meurt (faute de communication avec l’extérieur) et que les scientifiques ne savent pas s’il faut préférer l’étudier ainsi (plus original), ou au contraire lui redonner vie en ré-ouvrant la passe.
E “lagon autistique”, en somme !
(E… Non, ce n’est pas “la faute de la mer” ! 🙂 );

Note de mars 2018 : Dans l’autisme, les psychanalystes ont souvent parlé – à tort – de la “faute de la mère” (cf.. théorie de la “mère-frigidaire” de Bettelheim, heureusement abandonnée).
Mes “notes de mars 2018” sous le point précédent sont un peu redondantes avec les explications ci-dessus, mais j’espère qu’elles sont tout de même suffisamment complémentaires.
Concernant le rocher et sa “fonction symbolique”, il n’y pas que moi qui le dis, desde, en plus, la nature de ce rocher (et sa hauteur) permettent, pour longtemps, de protéger l’île du risque de ne plus être considérée comme une “véritable terre”, ce qui ferait perdre sa ZEE à la France.
Além disso, ce rocher est un point de jonction, non seulement entre les “entrailles de la terre” (ce qui est bien plus “profond” que les surfaces terrestres non-volcaniques) et le ciel, un point d’intersection entre la mer et la terre, mais il est aussi le point de contact avec la couronne coralienne (qui n’est pas véritablement une “terre”), tout comme l’intersection, via la passe à son pied, entre l’océan et la lagune.
C’est dire à quel point ce rocher revêt la plus haute importance, à de nombreux titres.
(En écrivant ce paragraphe, l’idée de “nombril du monde” (ou de la Terre”) m’est venue, à cause de la “communication” avec “les entrailles”, mais aussi à cause de la forme de l’atoll.
Bref, ce “caillou désertique perdu et insignifiant” semble inspirer beaucoup de choses à beaucoup de monde. Peut-être, precisamente, à cause de sa fragilité. Tout ça invite à la réflexion.)

8 – Altitude dangereusement proche de zéro (como nós, cette île surnage à grand’peine !) ;
(et, pour l’île, l’éventuel risque de disparition serait provoqué – comme pour nous – par la folie des Personnes Non Autistes (cf.. réchauffement climatique)) ;

Note de mars 2018 : En parlant de “disparition” pour les autistes, je faisais référence aux recherches et aux test génétiques, car pas mal de gens croient bon “d’éradiquer” l’autisme.
Avec quelques collègues, nous tentons de défendre le “droit de naître” pour les autistes (et d’autres minorités naturelles jugées “supprimables”), aux plus hauts niveaux, où évidemment on nous écoute poliment, mais sans plus.
Pour l’instant, heureusement, les chercheurs ont du mal à trouver pour l’autisme, mais on ne sait jamais, avec les “progrès de la science”, quand celle-ci est mal utilisée…
Ce n’est pas de la “paranoia” : ils ont déjà commencé avec les trisomiques, dont 80% sont tués avant la naissance, dans nombre de pays “avancés” (et respectueux des “droits de l’homme, bla bla bla”).
Parfois j’essaie d’expliquer que si un jour les autistes et les gens “originaux” disparaissaient de la surface de la planète, alors ce serait “le début de la fin” pour l’Humanité, qui finirait par se perdre en “copiages successifs” et en dénaturations, en “machines humaines” (mais ce serait trop long d’en parler ici).
Sans aller jusqu’à parler de disparition, on peut remarquer que cette île est polluée par les rejets du consumérisme et de “l’illusionnisme” humains, de la même manière que le système neurologique des autistes (sensoriel et mental) est “pollué” par les atteintes, disharmonies, injustices etc., qui sont presque toujours provoquées par les “constructions humaines”.
(Précision : Les oeuvres de l’Homme ne sont pas toujours inadaptées à la Nature, mais c’est rare, et c’est surtout quand il n’y a pas le choix : exemple, les avions (ici je parle de l’adaptation obligatoirement très finement respectueuse des lois de la Nature pour ne pas s’écraser lamentablement, et non pas de la pollution générée) ; en matière d’aviation, pas de place pour les théories fumeuses, sous peine de finir… en fumée).

9 – Perdue dans l’immensité océanique, cette île représente (par sa forme, sa position…) une sorte de “bouée de sauvetage”, à laquelle nous pouvons nous raccrocher mentalement ;

Note de mars 2018 : C’est aussi le cas pour les oiseaux (dont le vol est libre comme la pensée des autistes), qui n’ont que cet endroit pour se poser au milieu de l’immensité.
Pour un autiste, le fait d’imaginer un endroit où on est sûr que personne ne viendra nous déranger dans nos pensées, nos idées, nos passions, nous critiquer, nous moquer, nous obliger à être “sociables” ou à “communiquer” (ce dont cette île montre la futilité), c’est très soulageant, même si on sait bien qu’on n’ira jamais là-bas.
C’est déjà mieux que rien. Comme une sorte de “repère” montrant que tout n’est pas complètement absurde, que nous ne sommes pas dingues.
Na verdade, cette île aide énormément à montrer la “risibilité” du système humain “majoritaire”, et c’est aussi pour ça qu’elle plaît aux autistes (j’en connais d’autres), tout comme aux autres amoureux de la Nature, de l’authenticité, de la vérité, du bon sens.

10 – Île mystérieuse, ignorée (como nós…), paraissant “peu accueillante” mais en même temps fascinante et convoitée par certains… (como nós) ;

Note de mars 2018 : en France, les autistes sont “exploités” – au détriment de leur liberté et de leur citoyenneté – par les lobbies médico-financiers, et ça rapporte un peu plus que l’exploitation du guano : 7 milliards d’euros annuels, que *vous* payez à la “sécu”…
(Impossible de s’en sortir avec ces “crabes aux pinces d’or” qui défendent discrètement leur “grisbi”… Le seul qui pourrait peut-être changer cela, avec l’aide de l’ONU et de la Cour des Comptes (et peut-être du Conseil d’Etat), c’est le nouveau Président… A voir… On n’a pas d’autre choix que de lutter et d’espérer, sans grande conviction…)

11 – Quasiment impossible à aménager, domestiquer, “sociabiliser”, non par sa volonté mais par sa nature, qu’on ne peut pas changer (et qu’on doit respecter) : cette île est comme nous ;

12 – Négligée, cette île ennuie presque les autorités (car il faut s’en occuper et c’est pas facile) mais en même temps elle est “stratégiquement” importante para a França ;

Note de mars 2018 : Como o autismo desde a eleição do novo presidente francês… mas tudo bem, Nós ainda estamos aguardando…
A Administração está presa entre a sua “pusilanimidade” (obrigado Sr.. Deputado Philippe Folliot por ter conseguido dizer isso educadamente na sua relacionamento sobre Clipperton) e considerações político-econômicas, no autismo exatamente como para Clipperton (e outros tópicos), e sem muita ligação com o realismo ou com os reais interesses das pessoas (ou ilhas) preocupado…

13 – Clipperton às vezes é chamado “a ilha dos esquecidos” (cf.. o lamentável desastre da tentativa mexicana de vida social na ilha), e este termo “esquecido” corresponde perfeitamente a nós, especialmente na França e especialmente – ah, quanto – para adultos autistas.

Note de mars 2018 : Em dezembro 2014 Pude fazer um pequeno “discurso” na UNESCO em Paris, que concluí com “Não queremos mais ser os eternamente esquecidos”. Discurso muito apreciado, mas obviamente sem consequências concretas, como sempre. Falar não é suficiente ; Eu tento agir, e faço muito apesar da falta de meios.
(Ausência total desde março 2018 já que a França já não me paga o meu subsídio de adulto com deficiência, a que tenho direito até 2022 Pelo menos, com base em considerações estúpidas ligadas à localização do meu corpo, sans parler de l’incapacité de reconnaître et d’encourager mes efforts, plutôt embarrassants pour ceux que la “gestion actuelle de l’autisme à la française” arrange (ou ne dérange pas), c’est-à-dire tous sauf les autistes et les familles.)

14 – Elle est harmonieuse et belle ! (et pas défigurée / travestie / “socialifiée”…)

Note de mars 2018 : Les autistes ne sont pas forcément plus beaux que les autres, mais en ce qui concerne ceux (ou celles) qui le sont, parfois la “beauté intérieure” ou la “pureté” se dégageant de certains autistes (notamment certains enfants) peuvent “interpeller profondément”, bien plus que les “beautés plastiques superficielles”.
Une chose est sûre, c’est que les autistes authentiques ne sont pas dénaturés.
Esta é uma das qualidades do autismo, para não dizer um dos interesses úteis…

E em relação à questão da harmonia e da coerência, Cheguei à conclusão de que a noção de “coerência” é um dos mais importantes “princípios essenciais” do autismo (ao contrário do que as pessoas acreditam). Isto explica a grande sensibilidade às anomalias e injustiças (não vou detalhar aqui).
Até expliquei isso como membro do comitê científico responsável pela concepção do “site institucional sobre autismo” para o governo, o que, muito previsivelmente, não provocou qualquer reacção nesta comissão de “guardiões do templo” (ignorância de má-fé).
Eu ainda consegui fazer com que eles parassem de falar sobre “doença”, em tópicos de e-mail e em seu site). O mesmo para o TEM, onde eu estava “especialista” (Recomendação para autismo em adultos) antes de renunciar devido ao “HAScaradas” e má vontade e má fé. Apresentação.)

15 – O conceito – mais ou menos utópico- de um “nação ideal” admiravelmente se junta a uma espécie de “fantasia de ilha deserta” (onde poderíamos reinventar a sociedade fazendo uma lousa em branco), e corresponde ao espírito perfeccionista e purista das pessoas autistas.

– Sozinho, e quase sem teto diante do poder da Natureza, os códigos sociais habituais (que gostaríamos de ser mantidos “normal”, natural, indispensável) mostrar claramente toda a sua relatividade e incongruência, o que nos tranquiliza em nossa desconfiança em relação a eles.
(Ao escrever esta observação, Não estou mais nas comparações simbólicas entre a sociedade e o oceano, mas em considerações concretas ligadas à ideia de vida social no atol.)

– É um lugar que evoca sonhos e descanso… Porque francamente, o sistema social atual está realmente arruinando demais a nossa existência…
Então por favor, que nos seja dado pelo menos algum espaço simbólico, onde ninguém vai, onde ninguém é perturbado…
Que possamos pensar nisso sabendo que somos aceitos lá, pelo menos em teoria.

Depois de ler estes 15 pontos, Acho que é difícil não ver as ligações entre esta ilha e o autismo.
(E sem dúvida há outros, já que tudo é consistente.)
Certamente, sempre podemos fazer comparações e ver semelhanças ou coincidências entre muitas coisas, cada um à sua maneira. Existem muitas outras maneiras de simbolizar o autismo.
E ainda, parece-me que as comparações aqui são bastante impressionantes.
Sem dúvida porque o lugar é muito natural (ou não socialmente ajustados) que são.

– O que mais, o tamanho minúsculo deste mundo quase inacessível, sua pista de pouso para pequenos aviões, as rochas, o deserto e a paisagem quase lunar, tudo isso nos aproxima irresistivelmente do mundo do aviador Antoine de Saint-Exupéry (o deserto, asteroide B-612) Em “O pequeno Príncipe”, em que nos encontramos particularmente…
E através do qual o “Pessoas não autistas” podemos ter uma pequena ideia do mundo mental em que vivemos, e onde podemos nos encontrar em algum lugar, quando você recupera seu “criança interior” enquanto lia o livro.

– Além disso : não, deixe este estado ("d'inocência") não é uma obrigação ou uma necessidade : é antes o oposto que é perigoso e fatal : cair, criança pequena, na fácil armadilha automática da conformidade com um sistema social absurdo e autodestrutivo (e que ninguém domina há muito tempo : isso é o pior).
Alguns pensam que, de toutes façons, qualquer organização social é necessariamente absurda e kafkiana : isso em si é um exemplo de “raciocínio automático absurdo”, de crença, amálgama grosso, irracional, impensado, e que constitui uma das fontes do problema…
De fato, Não creio que a organização social em si seja um problema.
Os problemas vêm da introdução de defeitos (vários apetites e fantasias egoístas) que são amplificados pela organização (com as distorções das delegações de poder etc.), tudo isso principalmente por causa de erros, imprecisão, amálgamas, desprezo pela verdade, etc., defeitos dos quais as pessoas autistas são naturalmente protegidas.

“Era uma vez um pequeno príncipe que vivia em um planeta pouco maior que ele., e quem precisava de um amigo…”
Bem dentro de si, a maioria das pessoas “sente” que as pessoas autistas (ou outras pessoas “desativadas por este sistema”) "Está certo", Na direita, e eles invejam seus “originalidade”, que os fascina enquanto os perturba, porque suspeitam que sacrificaram tudo isso para “seguir a matilha”, Para o conforto, Segurança, ilusão, e um sistema que seu instinto ainda lhes permite sentir tão completamente “De cabeça para baixo”, que só pode levar a psicoses sociais, medo irracional, rejeição de diferentes, e recuar ainda mais “compulsivo” no que chamo de ilusão confortabilista. Círculo vicioso e fatalmente destrutivo para a Humanidade.
Mas Clipperton não se importa… 🙂

– Última observação : pessoas autistas muitas vezes não têm senso de direção (especialmente em ambientes artificiais), ENTÃO, dada a forma da ilha, no caso de (muito muito hipotético) fica, eles não correriam o risco de se perder… 😉

Páscoa 1711 :
“Ilha da Paixão” é o autêntico nome de batismo francês da ilha que doravante deverá ser chamada assim.
A ilha foi descoberta na Sexta-feira Santa [Páscoa…] 3 Abril 1711 falar francês, Havre, Michel Dubocage, a bordo do Discovery, que navegou com Martin de Chassiron a bordo do Princesse, a caminho da China. Dubocage elaborou o primeiro mapa. Em memória deste dia santo, Michel Dubocage o batizou : Ilha da Paixão.
[de acordo com Clipperton.fr]

Páscoa 1722 :
Descoberta da Ilha de Páscoa

Páscoa 2014 :
303 anos depois da Ilha da Paixão, Sexta-feira (Páscoa) 18 Abril 2014, esta ilha é “descoberta” por um Asperger autista “pioneiro”…
Note de mars 2018 : Aqui eu estava falando sobre mim, mas evito ao máximo “me apresentar”, para evitar cair estupidamente nas clássicas “armadilhas sociais”, como, por exemplo, acusações de buscar “glória pessoal”…
ele mesmo de uma família surpreendentemente próxima (através de outra ilha vulcânica francesa) por Victor Le Coat de Kerveguen (que tomou posse oficial da ilha, para França, em novembro 1858).
Note de mars 2018 : Eu verifiquei novamente : Victor era o primo-irmão (permaneceu na França continental) do famoso Gabriel de Kervéguen, personagem muito importante na ilha na época (a ponto de usar sua própria moeda, le kerveguen…). As “grandes famílias” e proprietários de terras desta época casaram-se entre si, e encontrei várias uniões de nossas duas famílias (inclusive na Bretanha).
Sem entrar em detalhes muito pessoais que nos afastariam muito de Clipperton, Acho todas essas coincidências bastante perturbadoras (que de “Kervéguen” sendo o mínimo).
ET… Ele descobre isso completamente por acaso, antes mesmo de pensar em um “embaixada”, cerca de um ou dois dias depois que comecei a tentar representar o Autistão na internet. Tudo isso durou aproximadamente 2 ou 3 dias (na Páscoa).
Note de mars 2018 : não lembrei mais disso, mas lendo esta página de 2014 Percebi que foi a descoberta da ilha que me fez pensar no conceito de embaixadas (porque eu via a ilha como uma espécie de embaixada natural, óbvio – ainda que, contrário à crença popular, uma embaixada é uma delegação humana e não um lugar).

E você não sabe tudo ! O resto é igualmente perturbador (geologicamente desta vez), mas muito privado.

Note de mars 2018 : ei, bom, agora que me divorciei de Sua Senhoria (sangramento…) Senhora França, Eu posso revelar o que é !
Naquela hora, Passei todos os verões em um lugar muito natural na França, ao qual eu estava muito apegado (antes que o tormento administrativo acabe me fazendo vomitar este país inteiro, além de algumas ilhotas inocentes e isentas.)
E, da minha janela, Eu pude ver um pequeno lago.
Um lago… de origem vulcânica…
Na verdade, esse lago é um “maar”, que desapareceu após um colapso, e que foi reconstruído pelo homem.
Um dos raros casos de intervenção humana na Natureza que não termina em desastre, mas é simplesmente porque, em última análise, não é uma modificação, mas uma restauração respeitosa.
O que isso tem a ver com “nossa ilha”? ?? Há, claro, a questão de “melhoria respeitando a natureza”, mas também a forma do lago, quase idêntico ao da lagoa !
Tenho certeza de que algumas pessoas pensam que vejo coincidências em todos os lugares.…
Então julgue por si mesmo :

Vistas de satélite do lago e da lagoa : as escalas são diferentes (o lago é muito menor), e girei a imagem do lago para ver melhor a semelhança, mas não retoquei ou distorci nada.

(Pour l’instant, Prefiro não dizer o nome do lago, porque ainda tenho laços lá, mas tudo o que escrevo pode ser verificado se necessário.)

Esfreguei os olhos quando vi isso. ; Eu disse a mim mesmo que talvez eu fosse o brinquedo da minha imaginação, que esta ilha estava começando a me obcecar, etc., que era sem dúvida uma forma “clássica” do vulcanismo…
Então eu procurei um pouco, Muito, mesmo, lacs, lagoas, atóis, e não encontrei nenhum tão parecido, mesmo de longe.
não consigo analisar tudo, provavelmente há alguns, mas eu não os vi, e em qualquer caso, não sob minhas janelas…

Sobre as “conexões” que faço entre a ilha e o autismo, Tudo isso me parece bastante óbvio e coerente..
Por outro lado, sobre “coincidências pessoais”, certamente menos importante, talvez não haja nada tão misterioso ou improvável (como por exemplo com as famílias de “notáveis” da Bretanha e Reunião).
Mas com essa história do lago (a quem amo, mas a quem também não estou intimamente ligado), está começando a fazer muito.
Eu nunca tentei imaginar coisas “místicos” ou outros por trás de tudo isso.
Mas eu realmente ficaria particularmente “atordoado” se eu permanecesse cego diante de tamanha profusão de “sinais” e de “coincidências” notável e em harmonia.

A página de 2014 terminou assim (com letras grandes) :

Vice-presidente sênior, proteger pessoas autistas, proteger a Ilha da Paixão…
respeite a natureza, o autêntico e o frágil,
tente fazer com que as pessoas ao seu redor sofram menos…
se você puder !
Obrigado.

– Site Internet de l’Ambassade Spéciale d’Autistan en France, 18 Abril 2014 –

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Retour à mars 2018

Vous connaissez désormais toute cette histoire de mes “aventures mentales” entre l’Autistan et l’île de la Passion…
Tout cela est une sorte de “vision” globale de divers éléments et relations très improbables et subtiles.
Peut-être que certain(e)s lecteurs / lectrices pourraient se demander si je n’ai pas “romancé” les choses, ou si je vis dans une sorte de “monde imaginaire” déconnecté de la réalité.
Moi, je n’en ai pas l’impression, pelo contrário. Et je trouve que les anecdotes que je relate ici sont finalement très simples, très brutes, très concrètes, et assez faciles à vérifier.
As ligações e interpretações que faço são obviamente raciocínios pessoais, mas nada prova que o todo não seja realista.
No entanto, pode haver alguma falta de realismo em relação a certos detalhes ou certas ideias., porque nunca estive na ilha, porque não sou cientista, que eu não fui para Sciences-Po, etc..
Mas espero que uma perspectiva autista (que não é o de “todas as pessoas autistas”) terá interessado você(e), e pode ser útil.